domingo, 1 de julho de 2012

LEI EXIGE ATESTADO MÉDICO SEMESTRALMENTE


Atestados médicos aumentam a segurança do aluno e a credibilidade da academia
Por Rafael Biazi
Em vigor desde maio deste ano, lei exige que o cliente entregue avaliações médicas semestralmente e causa insegurança entre proprietários, porém especialistas dizem que essa medida, visa o bem-estar do cliente e aumentará a credibilidade do estabelecimento.
A lei municipal 11.383/1993 determina que o aluno entregue avaliações médicas com mais frequência, o que, em alguns casos, causa certo desconforto, porém evita problemas.
Vlademir Fernandes, vice-presidente do CREF, foi proprietário de Academia por quase trinta anos e diz que essa decisão judicial, é algo necessário. "Eu, como dono de academia, sempre cobrei exame médico antes das atividades, mesmo quando não era obrigado. Acho que qualquer pessoa, antes de fazer qualquer atividade, não importa qual, precisa saber se está apta a ela". Em relação à periodicidade, o mestre em Educação Física acredita que seis meses é um tempo razoável.
"Nós pedíamos de três em três meses, porque sabíamos que os alunos não apresentavam o exame trimestralmente. A partir do terceiro mês, começávamos a cobrar, e partir do sexto, eu não o deixava mais fazer atividade. Com isso evitei uma série de problemas ao longo da atividade da academia".
Academias prevenidas, que cobram exames médicos com mais frequência, evitam problemas posteriores, Sérgio da Silveira, proprietário da Academia Kainágua, garante que o atestado juntamente da avaliação física são fundamentais para o bem-estar do aluno, "nunca houve problemas em nossa academia, porque sempre tomamos os devidos cuidados, nunca prescrevemos atividades sem saber a respeito da saúde da pessoa". Para Silveira, a determinação é boa, mas poderia ser melhor em alguns aspectos.
"A lei é válida, mas deveria ser mais específica. É necessário que o aluno faça exames com médicos adequados, como um cardiologista ou um médico do esporte, para avaliar além da saúde, a condição física da pessoa".
Há quem diga que a lei não agrada os alunos, e que há o risco de reduzir o número de matrículas, devido aos procedimentos, que se tornaram um pouco mais burocráticos. Em relação a isso, Luis Perdomo, especialista em Gestão de Academias, tem a seguinte opinião.
"Não irá diminuir (o número de alunos) por uma questão muito simples, o que essa lei está fazendo é demonstrar a real preocupação da academia com a saúde o com o bem-estar de seu cliente, o que é tudo o que eles querem".
Andrea Vidal, Gestora da Fitness Mais, vê a medida como um diferencial para o empreendimento, "A academia que fizer o uso correto da lei transmitirá seriedade e profissionalismo perante o cliente". E conclui que a medida preserva o aluno, a academia e o profissional que o atende.
"A apresentação do atestado médico protege a nossa categoria, protege a pessoa jurídica, a pessoa física e os profissionais. Garante que o cliente está apto a fazer atividade física, e a partir disso, conseguimos atender da melhor forma possível, no que é a nossa competência, que é a prescrição de atividades físicas".

Fonte:Portal Negócio & Fitness 13/6/2012

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