O mercado fitness no Brasil cresce a cada ano. E consequentemente aumenta o número de ofertas para o profissional da área. Mas, os profissionais de educação física estão preparados para agarrar as oportunidades?
Segundo o coordenador nacional de musculação e programas do Grupo BodyTech, Leonardo Cabral, o jovem profissional de educação física de hoje não se preocupa tanto na atualização profissional constante. "No passado, o profissional buscava atualizações e capacitações com frequência. O mercado era mais acirrado e estar sempre em busca de conhecimento e aprimoramento era um diferencial. No entanto, hoje há muita oferta de trabalho e o profissional nem sempre vê necessidade deste aprimoramento", afirma Cabral.
Buscar incessantemente sua evolução técnica e nos relacionamentos interpessoais são orientações que Paulo Jaouiche, profissional em educação física, advogado e administrador da unidade Morumbi da Companhia Atlética ressalta. "Ocorre que os alunos/clientes estão cada vez mais bem informados e exigentes, em qualquer nível de poder aquisitivo, sendo assim, terá a preferência aquele que, além de manter um bom relacionamento (atendimento), entregue resultados e tenha segurança para fundamentar suas posições" afirma Jaouiche.
Jaouiche ainda ressalta que seria interessante se as faculdades oferecessem aos futuros profissionais disciplinas de cunho mercadológico, relação interpessoal, empreendedorismo, marketing na carreira e pessoal. "Desta maneira, certamente o profissional de educação física seria mais bem preparado", afirma.
Outro aspecto relevante é o comprometimento com a empresa. Segundo o responsável pelos treinamentos da Runner, Guilherme Moscardi, os profissionais chegam para a entrevista cheios de exigências, mas nem sempre estão dispostos a colaborar efetivamente com o negócio da empresa. "Falta para o profissional um maior comprometimento e engajamento na empresa, querer participar dos eventos, criar e desenvolver algo diferente, trabalhar em equipe com os demais profissionais", ressalta Moscardi.
Além disso, Cabral também fala do profissionalismo do profissional de educação física. "Muitas vezes, o profissional é informal demais no atendimento ao aluno e isso mostra imaturidade, o que pode colocar em check sua atuação", lembra o coordenador. Ele ainda afirma que essas observações são características da chamada geração Y, jovens, muitas vezes recém formados, que são imediatistas. Moscardi também fala dessa geração que busca se locomover rapidamente, mas essa movimentação precisa ser proporcionalmente ao tamanho do seu talento.
Além disso, o profissional deve ter o espírito empreendedor, a busca pelo crescimento profissional agrega valores para ele e para a empresa também. "Outro aspecto é enxergar-se como uma empresa, seu diálogo com local de trabalho flui naturalmente, pois compreenderá melhor as regras de trabalho, a busca por metas e o porquê de trabalhar dentro de parâmetros mensuráveis", acrescenta Jaouiche.
Segundo o coordenador nacional de musculação e programas do Grupo BodyTech, Leonardo Cabral, o jovem profissional de educação física de hoje não se preocupa tanto na atualização profissional constante. "No passado, o profissional buscava atualizações e capacitações com frequência. O mercado era mais acirrado e estar sempre em busca de conhecimento e aprimoramento era um diferencial. No entanto, hoje há muita oferta de trabalho e o profissional nem sempre vê necessidade deste aprimoramento", afirma Cabral.
Buscar incessantemente sua evolução técnica e nos relacionamentos interpessoais são orientações que Paulo Jaouiche, profissional em educação física, advogado e administrador da unidade Morumbi da Companhia Atlética ressalta. "Ocorre que os alunos/clientes estão cada vez mais bem informados e exigentes, em qualquer nível de poder aquisitivo, sendo assim, terá a preferência aquele que, além de manter um bom relacionamento (atendimento), entregue resultados e tenha segurança para fundamentar suas posições" afirma Jaouiche.
Jaouiche ainda ressalta que seria interessante se as faculdades oferecessem aos futuros profissionais disciplinas de cunho mercadológico, relação interpessoal, empreendedorismo, marketing na carreira e pessoal. "Desta maneira, certamente o profissional de educação física seria mais bem preparado", afirma.
Outro aspecto relevante é o comprometimento com a empresa. Segundo o responsável pelos treinamentos da Runner, Guilherme Moscardi, os profissionais chegam para a entrevista cheios de exigências, mas nem sempre estão dispostos a colaborar efetivamente com o negócio da empresa. "Falta para o profissional um maior comprometimento e engajamento na empresa, querer participar dos eventos, criar e desenvolver algo diferente, trabalhar em equipe com os demais profissionais", ressalta Moscardi.
Além disso, Cabral também fala do profissionalismo do profissional de educação física. "Muitas vezes, o profissional é informal demais no atendimento ao aluno e isso mostra imaturidade, o que pode colocar em check sua atuação", lembra o coordenador. Ele ainda afirma que essas observações são características da chamada geração Y, jovens, muitas vezes recém formados, que são imediatistas. Moscardi também fala dessa geração que busca se locomover rapidamente, mas essa movimentação precisa ser proporcionalmente ao tamanho do seu talento.
Além disso, o profissional deve ter o espírito empreendedor, a busca pelo crescimento profissional agrega valores para ele e para a empresa também. "Outro aspecto é enxergar-se como uma empresa, seu diálogo com local de trabalho flui naturalmente, pois compreenderá melhor as regras de trabalho, a busca por metas e o porquê de trabalhar dentro de parâmetros mensuráveis", acrescenta Jaouiche.
Busca e retenção de talentos
Para atender as necessidades dessa geração, buscar novos talentos e reter os bons profissionais, as empresas buscam programas e ações constantes. Cabral conta que cada vez mais as empresas se preocupam em criar planos de carreira, proporcionar qualificações, gerar benefícios, remunerações diferenciadas e premiações para os profissionais em destaque. "Há 15 anos, as empresas não ofereciam um plano de carreira. De estagiário, passava para professor e poderia chegar no máximo a coordenador", lembra ele. "Hoje esse profissional tem espaço para prosperar", afirma Cabral.
Atualmente, as empresas oferecem treinamentos, capacitações e dão voz para os futuros profissionais. Moscardi conta que na Runner são mais de 1000 horas anuais em treinamento, sendo 560 horas apenas em treinamentos técnicos, todos gratuitos para os colaboradores da empresa. "Para os interessados há formação de liderança, e os profissionais podem se tornar treinadores depois. Encontros mensais reúnem os colaboradores para discutir os manuais da empresa. O encontro dá voz para que os profissionais possam efetivamente colaborar e sugerir alterações. A participação é ativa, e os colaboradores trazem vídeos, entrevistas e pesquisas internacionais para discutir. Essa troca é muito importante", ressalta Moscardi.
Segundo Jaouiche, valorizar a profissão, dando-lhes oportunidades de crescimento na carreira, facilitando a exposição ao mercado, preparando-o para difundir conhecimento dentro e fora da empresa são maneiras de reter os profissionais talentosos na empresa.
Atualmente, as empresas oferecem treinamentos, capacitações e dão voz para os futuros profissionais. Moscardi conta que na Runner são mais de 1000 horas anuais em treinamento, sendo 560 horas apenas em treinamentos técnicos, todos gratuitos para os colaboradores da empresa. "Para os interessados há formação de liderança, e os profissionais podem se tornar treinadores depois. Encontros mensais reúnem os colaboradores para discutir os manuais da empresa. O encontro dá voz para que os profissionais possam efetivamente colaborar e sugerir alterações. A participação é ativa, e os colaboradores trazem vídeos, entrevistas e pesquisas internacionais para discutir. Essa troca é muito importante", ressalta Moscardi.
Segundo Jaouiche, valorizar a profissão, dando-lhes oportunidades de crescimento na carreira, facilitando a exposição ao mercado, preparando-o para difundir conhecimento dentro e fora da empresa são maneiras de reter os profissionais talentosos na empresa.
Tendências e áreas em destaque
A área de fitness ainda é muito voltada para estética e esportiva, no entanto, cada vez mais as pessoas procuram por saúde e qualidade de vida. Percebe-se uma mudança na sociedade, as pessoas vivem mais e procuram qualidade de vida por meio de atividade física. Cabral ressalta que antes a saúde estava relacionada a tratamentos médicos e fármacos. "Hoje o colesterol alterado pode ser tratado com programas de exercícios que buscam diminuir a gordura corporal", afirma Cabral.
Para tanto, o coordenador aconselha os profissionais de educação física a voltar seu olhar para atividades multidisciplinares que envolvem os profissionais de educação física, os de saúde, médicos, psicólogos e fisioterapeutas. "Não sei se posso dizer que essa é uma tendência, pois acredito que já é uma realidade. Há um gap muito grande nesta área, que necessita deprofissionais capacitados, o que torna uma oportunidade profissional e empresarial" diz Cabral.
De acordo com Jaouiche, pilates, treinamento funcional e lutas como MMA e Muay Thai são áreas com grande destaque no momento. Já Moscardi ressalta as áreas de ginástica, natação e hidroginástica. Segundo ele, há falta de profissionais nessas áreas. Uma das respostas para o porquê da falta nessas áreas é a exigência física para as aulas. "Os profissionais precisam participar efetivamente das aulas, o que exige muito do corpo, além disso, ele precisa agradar seus alunos, ter capacidade de relacionamento, dar atenção verdadeira aos alunos, elogiar o aluno, incentivando-o", afirma Moscardi. Segundo Jaouiche as aulas coletivas são modalidades que demandam um maior tempo de aprendizado e dedicação, além de habilidade.
Embora Jaouiche concorde que faltam profissionais para as modalidades de aula coletiva, ele acredita que é necessário uma reciclagem nos métodos das aulas coletivas mais tradicionais. "Creio que estas modalidades ainda têm público, entretanto irá consegui-lo quem apresentar propostas inovadoras", diz.
Com a falta de profissionais neste segmento, o valor da hora aula também cresce significativamente. Segundo Moscardi, pode-se dizer, que o valor médio por hora/aula é em torno de R$25, mas não é raro bons professores ganhar R$60 por hora/aula e ainda há quem conte que recebe R$90 a hora. No entanto, o mesmo não acontece com as aulas de natação e hidroginástica, que embora sofram com a falta de profissionais, paga o mesmo valor há alguns anos. Moscardi aponta que o valor da hora/aula em 2000 era em torno de R$ 7,50, mesmo valor pago atualmente. No entanto, neste período a inflação cresceu 162% (de outubro de 2000 a outubro de 2012), segundo a calculadora cidadã do portal do Banco Central, e o valor atualizado da aula deveria ser R$ 19,66.
Sabe-se que as academias também não acompanharam a inflação. No entanto, a defasagem não é tão grande. Moscardi aponta para o que chama de "estagiarização" nas academias, ou seja, a troca de profissionais por estagiários para baratear a mão de obra. Hoje a maioria das academias tem para cada profissional formado, três estagiários trabalhando.
Para Cabral atualmente não se pode dizer que há uma área em baixa. "Há 15 anos quando me formei, o mercado era muito retraído, hoje esse mercado só cresce", afirma. De acordo com Cabral, tanto as academias, quanto as escolas, são espaços de oportunidades para o profissional de educação física que só cresce, além da área interligada a saúde e até mesmo reabilitação que acredita ser uma tendência.
Consultoria Técnica: Junior Crocco
Fonte: Portal Educação Física
A área de fitness ainda é muito voltada para estética e esportiva, no entanto, cada vez mais as pessoas procuram por saúde e qualidade de vida. Percebe-se uma mudança na sociedade, as pessoas vivem mais e procuram qualidade de vida por meio de atividade física. Cabral ressalta que antes a saúde estava relacionada a tratamentos médicos e fármacos. "Hoje o colesterol alterado pode ser tratado com programas de exercícios que buscam diminuir a gordura corporal", afirma Cabral.
Para tanto, o coordenador aconselha os profissionais de educação física a voltar seu olhar para atividades multidisciplinares que envolvem os profissionais de educação física, os de saúde, médicos, psicólogos e fisioterapeutas. "Não sei se posso dizer que essa é uma tendência, pois acredito que já é uma realidade. Há um gap muito grande nesta área, que necessita deprofissionais capacitados, o que torna uma oportunidade profissional e empresarial" diz Cabral.
De acordo com Jaouiche, pilates, treinamento funcional e lutas como MMA e Muay Thai são áreas com grande destaque no momento. Já Moscardi ressalta as áreas de ginástica, natação e hidroginástica. Segundo ele, há falta de profissionais nessas áreas. Uma das respostas para o porquê da falta nessas áreas é a exigência física para as aulas. "Os profissionais precisam participar efetivamente das aulas, o que exige muito do corpo, além disso, ele precisa agradar seus alunos, ter capacidade de relacionamento, dar atenção verdadeira aos alunos, elogiar o aluno, incentivando-o", afirma Moscardi. Segundo Jaouiche as aulas coletivas são modalidades que demandam um maior tempo de aprendizado e dedicação, além de habilidade.
Embora Jaouiche concorde que faltam profissionais para as modalidades de aula coletiva, ele acredita que é necessário uma reciclagem nos métodos das aulas coletivas mais tradicionais. "Creio que estas modalidades ainda têm público, entretanto irá consegui-lo quem apresentar propostas inovadoras", diz.
Com a falta de profissionais neste segmento, o valor da hora aula também cresce significativamente. Segundo Moscardi, pode-se dizer, que o valor médio por hora/aula é em torno de R$25, mas não é raro bons professores ganhar R$60 por hora/aula e ainda há quem conte que recebe R$90 a hora. No entanto, o mesmo não acontece com as aulas de natação e hidroginástica, que embora sofram com a falta de profissionais, paga o mesmo valor há alguns anos. Moscardi aponta que o valor da hora/aula em 2000 era em torno de R$ 7,50, mesmo valor pago atualmente. No entanto, neste período a inflação cresceu 162% (de outubro de 2000 a outubro de 2012), segundo a calculadora cidadã do portal do Banco Central, e o valor atualizado da aula deveria ser R$ 19,66.
Sabe-se que as academias também não acompanharam a inflação. No entanto, a defasagem não é tão grande. Moscardi aponta para o que chama de "estagiarização" nas academias, ou seja, a troca de profissionais por estagiários para baratear a mão de obra. Hoje a maioria das academias tem para cada profissional formado, três estagiários trabalhando.
Para Cabral atualmente não se pode dizer que há uma área em baixa. "Há 15 anos quando me formei, o mercado era muito retraído, hoje esse mercado só cresce", afirma. De acordo com Cabral, tanto as academias, quanto as escolas, são espaços de oportunidades para o profissional de educação física que só cresce, além da área interligada a saúde e até mesmo reabilitação que acredita ser uma tendência.
Consultoria Técnica: Junior Crocco
Fonte: Portal Educação Física
Fonte:Portal Educação Física 26/6/2013
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