sábado, 27 de outubro de 2012

BIOMECÂNICA É A CHAVE PARA O TREINO DE MUSCULAÇÃO EFICAZ

Biomecânica é chave para treino de musculação eficaz
Essenciais para o organismo, os músculos devem ser sempre trabalhados e estimulados para que se regenerem e cresçam. Afinal, a passagem dos anos faz com que percamos massa muscular e, segundo o consultor esportivo e profissional de educação física José Rubens D'Elia, da capital paulista, "músculo é vida", uma vez que são repletos de sangue - alimento do nosso corpo.
Musculação e os benefícios à saúde
A musculação apresenta diversos benefícios aos seus praticantes justamente por trabalhar com os músculos e estimular seu crescimento e força. Denis Foschini, especialista em fisiologia, doutor em ciências e autor do livro "Prescrição e Periodização do treinamento de força em academias", conta que além dos benefícios estéticos tipicamente buscados pelos praticantes de musculação, a modalidade apresenta efeitos na saúde também: "controle da pressão arterial, do diabetes, do câncer, do HIV, da obesidade, além da melhora do perfil lipídico, da percepção da qualidade de vida, dos aspectos emocionais, da força muscular, entre outros são apresentados em estudos que envolvem o treino de força muscular".
Musculação: montagem de um treino eficaz
Para auxiliar ainda mais na montagem de um treino correto e eficaz, o profissional de Educação Física deve ter conhecimentos de anatomia, fisiologias humana e do exercício, biomecânica e, segundo Foschini, também devem ter em mente que "o ser humano não é exclusivamente biológico, mas também é influenciado por aspectos psicológico, sociais, culturais, espirituais etc", para poder ter autonomia e não ser um mero reprodutor de "receitas".
Biomecânica é uma grande aliada no treino de musculação
Os conhecimentos em biomecânica, ou seja, noções de física (mecânica) aplicadas no funcionamento do corpo humano, são inclusive bastante úteis para criar treinamentos que sejam benéficos ao corpo e que consigam trabalhar suas estruturas de forma mais apropriada a alcançar os objetivos desejados sem correr riscos de criar lesões.
Julio Serrão, coordenador do laboratório de biomecânica da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP) lembra que a biomecânica ajuda em vários momentos, mas é realmente fundamental na hora da escolha dos exercícios que o indivíduo vai fazer. "As escolhas às vezes se dão de forma esdrúxula: pelo que o treinador mais gosta ou o que é mais comum, mas às vezes essa opção traz riscos se não for bem feita e, quando equivocada, coloca em perigo todas as decisões anteriores que o profissional tomou porque não vai ter resultado", explica. Sem a biomecânica, o profissional de Educação Física poderá recrutar um grupo muscular na intensidade errada, arriscando a integridade do aluno.
O coordenador do grupo de pesquisas em Neuromecânica do Treinamento de Força (GNTF: FEFISO-ACM) e especialista em treinamento desportivo e fisiologia do esporte, Paulo Marchetti, destaca que os conhecimentos de biomecânica ajudam no entendimento da mecânica articular, na participação dos músculos no exercício, nos mecanismos de lesão relacionados à prática de atividade física, nos procedimentos de reabilitação e no sequenciamento dos exercícios.
Treino de musculação: pontos chaves para prescrever o melhor treino
Na hora de prescrever um treinamento de musculação, o profissional de Educação Física deve prestar atenção que os biomateriais preservados são considerados por sobrecarga, assim, a ordem dos exercícios faz pouca diferença, sendo o ponto crucial o conjunto de movimentos selecionados para cada aluno. "O conjunto pode ter maior ou menor carga e, se o cara for bem treinado, suporta bem; mas se ele estiver mal treinado ou lesionado, pode ser fatal e a preservação do tecido biológico vai depender da escolha biomecânica do exercício", aponta Serrão.
Trabalhar com exercícios com amplitude máxima é desejável na musculação, uma vez que alguns quadrantes musculares só trabalham em funções extremas. Serrão orienta apenas para que o treinador não saia do arco natural da articulação, colocando em hiper extensão ou em meio arco, porque este ângulo nem sempre protege o indivíduo de forma efetiva. "Outro problema está em não fazer um arco completo e aí o músculo não ganha força. O agachamento é um caso clássico. Um idoso que não fizer um arco completo terá dificuldades para subir escadas, se sentar e fazer movimentos do dia a dia. Os arcos com movimento mais amplo são indispensáveis para o cotidiano", orienta.
Com foco na escolha e qualidade dos exercícios de musculação, até mesmo os alunos com restrição no tempo e que só tem 30 minutos para treinar saem beneficiados e, segundo Marchetti, no caso da musculação esses proveitos se mostram ainda maiores em quem é menos treinado. Só é preciso ficar de olho para que o aluno não encurte seu treino sem otimização, sem treinar o suficiente - o que é bastante diferente. Serrão conta que muitos estudos têm demonstrado que a adaptação de força deve ser feita com treinos d curta duração, que a ideia de que é preciso treinar por duas horas já não tem grande eficiência. "Mas uma pessoa que treina 30 minutos precisa ter uma combinação de exercícios diferente daqueles prescritos para alguém que tem disponibilidade de treinar por uma hora", ressalta.
A escolha do treino de musculação variam conforme o sexo, a idade e, principalmente, as características de cada indivíduo, segundo o profissional da USP. "As pessoas já não estão mais no ápice da saúde quando procuram as atividades físicas atualmente, elas têm limitações e, com os conhecimentos em biomecânica, o treinador pode escolher os exercícios que vão colocar carga de acordo com as características individuais daquele aluno, sem riscos de lesões", orienta.
Foschini lembra que homens e mulheres têm concentrações distintas de alguns hormônios que facilitam o aumento de força e massa muscular, gordura corporal e alteram o comportamento e eles sofrem influência da idade. Dessa forma, os exercícios, a intensidade, o volume, os métodos e a periodização devem ser adequados a essas características.
Treino de musculação e periodização
Na prática de musculação, a periodização dos exercícios é de extrema importância. Marchetti conta que a ciência tem apontado que ela é fundamental por diversas razões, como:
- o planejamento das atividades otimiza o tempo, além de estabelecer metas e objetivos parciais que se fundem em objetivos maiores, relacionados às necessidades do cliente e esse tipo de determinação de metas é fundamental para alcançar objetivos reais;
- a periodização mostra organização e controle do treino, o que faz toda a diferença no dia a dia do praticante;
- permite visualizar erros no treino, assim como reorganizar metas não atingidas pelos clientes ou redimensionar objetivos não atingidos;
- favorece a análise das necessidades do cliente, desta forma o professor precisa dedicar um tempo ao estudo e planejamento dos treinos e rotinas;
- a lógica da periodização auxilia na inclusão de métodos e sistemas de treino de forma sequenciada e premeditada.
No caso dos treinos de choque, o pesquisador orienta que apenas quem já está habituado a treinar pode passar por esse tipo de procedimento. "Treinos de choque são aplicados em sujeitos mais bem treinados e em fases bem distintas da periodização. São treinos altamente intensos, os quais podem oferecer maior risco ao praticante não tão bem adaptado tecidualmente aos treinamentos."
Treino perfeito: musculação e cárdio
Foschini conta que o treino cardiorrespiratório promove diversos benefícios estéticos e na saúde e, por isso, pode complementar o treino de musculação. Ainda assim, ele lembra que apesar de haver contraindicações na literatura, "uma linha de autores sugere que o treino cardiorrespiratório pode contribuir para o treino de musculação por aumentar o consumo de oxigênio - fato que poderia potencializar a ressíntese de ATP no intervalo entre as séries, ou seja, a pessoa conseguiria iniciar a próxima série de repetições com maior estoque de ATP, desenvolvendo maior capacidade de contração muscular".
"Embora os entusiastas digam que musculação é eficiente para perder peso, isso não é verdade. Quem quer manter peso ou reduzir, precisa combinar força e cardiovascular, até no mesmo dia, juntos, mas preservando o nível de treinamento físico apurado. Pensando na maioria das pessoas, que saem de um patamar de treino baixo, o ideal é que alterne os dias de exercícios para evitar o overtraining e consequentes lesões", propõe Serrão.
Docente da Universidade Metodista de São Paulo, Foschini ressalta que a ordem dos exercícios de musculação e cardio no treinamento é outro tema muito discutido: "costumo sugerir que ela tem relação direta com o objetivo da pessoa. Por exemplo: se o indivíduo tem como meta principal aumentar a massa muscular, é interessante começar pela musculação, mas caso pretenda melhorar a capacidade cardiorrespiratória pra correr, pode começar com o treino de cardio". A concorrência (influência negativa) de um tipo de exercício sobre o outro tem sido objetivo de muitos estudos, mas ainda não há consenso nem dados suficientes para muitas conclusões. Foschini conta que é sabido que a realização do treinamento cardiorrespiratório antes da musculação pode reduzir a força muscular, mas esse achado parece ser verdadeiro para atletas de força, não tendo influência na maioria de praticantes de musculação em academia.
Alongamento deve ser realizado após o treino de musculação
"O alongamento ganhou ar de santidade na nossa área", diz Julio Serrão, "acham que ele tem o dom de proteger contra lesões e a literatura tem mostrado que quando ele é feito antes do exercício, pode até ser perigoso porque a pessoa alonga intensamente e perde força na muscular na hora em que precisa da força. Abre mão dela por causa do alongamento".
O profissional da USP lembra ainda que depois do treino o alongamento é prescrito como forma de prevenção da dor tardia, mas que poucos dados comprovam a eficiência deste movimento. Foschini concorda, mas afirma que o efeito placebo do alongamento também devem ser levados em conta, pois o efeito psicológico faz com que o praticante se sinta mais seguro ao praticar a atividade de força antes ou depois de alongar.
Por impor carga ao músculo, quando somado ao exercício, o alongamento pode se tornar muito pesado para ser levado pelo aluno e, por conta disso, deve ser feito sempre com pouca intensidade, mais com o intuito de relaxamento. A flexibilidade, que é uma das metas de todo mundo que se exercita pode ser conquistada também por meio do treino de força, segundo o profissional da USP: "é um erro pensar que só alongamento dá flexibilidade. Com treino de força organizado também é possível conquistá-la".
Treino de musculação deve ser prescrito por um profissional de educação física habilitado
Em uma analogia didática, Serrão comparou o treino de musculação prescrito por um profissional não habilitado a ir a um médico não habilitado: "no médico você pode morrer; com um professor não apto, você pode aleijar, ter lesões irrecuperáveis, como osteoartrose, problemas articulares, hérnia de disco, lesões de ombro, entre outros problemas que podem afetar a qualidade de vida do aluno no dia a dia".
Dentre os erros comuns que os profissionais têm visto por aí, Denis Foschini cita a prescrição de treinamentos não individualizados e que não agradem ao aluno: "esse fato tem grande influência na adesão ao treino de musculação, que é uma das grandes preocupações das academias".
Para Paulo Marchetti, os equívocos que percebe, de forma geral, são: "execução errada da técnica da maioria dos movimentos da musculação; erros no ajuste de intensidade dos exercícios; falhas no planejamento do volume de séries e números de exercícios por grupamento muscular; e velocidade de execução não controlada".
*Por Juliana Crem, jornalismo Portal EF

Fonte:Portal da Educação 17/10/2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

PARECE CAMPOS DOS GOYTACAZES...


Mercado arretado
Migração de indústrias de diversos setores está transformando a Região Nordeste em um verdadeiro polo de investimentos. Surgem novos postos de trabalho, cresce a renda per capita. Nessa conjuntura, a indústria do bem-estar experimenta um crescimento nunca antes visto na região

Em termos de desenvolvimento econômico, a frase "O Brasil é a bola da vez" é atual, mas já está batida. É fato que os olhos do mundo estarão voltados para cá nesta década. Está claro também que as realizações da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 são importantes neste cenário. Só que não é só isso!

O País está crescendo pelas próprias pernas e o desenvolvimento de locais outrora menos favorecidos pelo progresso é prova disso. Embora ainda seja o pior entre as regiões do País, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Nordeste foi o que mais subiu de 1991 a 2005, conforme último levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O índice aumentou 16,3% na região, ante os 10,9% do Sudeste e apenas 8,5% do Sul, por exemplo.

Levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU). Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois outros componentes: longevidade e educação.

O panorama é reflexo da descentralização geográfica do processo produtivo. Por questões estratégicas, muitas indústrias têm migrado de regiões tradicionalmente fabris para o Nordeste, gerando empregos, aumentando a renda e contribuindo, naturalmente, para melhorias nos âmbitos da educação e da saúde.

Mão de obra aquecida
Especializada em recrutamento de executivos para empresas de vários segmentos, a Michael Page nunca selecionou tantos profissionais para atuar no Nordeste como em 2011. Em comparação com 2010, o crescimento do número de contratações na região foi de 7.200%, muito superior ao resultado alcançado em Belo Horizonte (308%), que aparece na segunda posição no ranking da consultoria.

"No Nordeste, com o crescimento do consumo da classe C, muitas companhias abriram suas operações comerciais e outras decidiram profissionalizá-las. Isso aumentou fortemente a demanda por profissionais de vendas e marketing na região", conta Paulo Pontes, presidente do Grupo Michael Page no Brasil, revelando também o perfil da mão de obra cuja demanda cresceu vultuosamente.

O processo de desenvolvimento do Nordeste é lento, mas uma realidade, o que torna a região uma das mais promissoras do País. Alvo de investimentos cada vez mais incisivos de diversos setores industriais, a região está também na pauta do bem-estar: academias locais já se movimentam no sentido de expandir estruturas, enquanto grandes redes agem para atracar em território nordestino ainda em 2012.

Eduardo Netto, diretor técnico da rede Bodytech, ressalta que o setor de serviços é o que mais cresce no Brasil, com a classe emergente tendo mais acesso ao consumo e ao crédito. "A renda da massa crescerá mais do que a renda da classe média ou média alta, até por uma questão das crescentes iniciativas do governo de distribuição de renda e queda de inflação", comenta.

Nesse contexto, Eduardo acredita que o setor fitness do Nordeste, considerado um pouco atrasado, terá grandes chances de crescimento, já que o consumidor também está evoluindo e quer cada vez mais fugir do risco de uma prestação de serviço de baixa qualidade.

Desbravadores locais
O profissionalismo está chegando ao segmento fitness do Nordeste. Estruturas que não devem nada para as academias do Sudeste estão contribuindo para a mudança de cenário, motivadas pelo crescente poder de consumo da população local e pela difusão do conceito de bem-estar nos grandes veículos de comunicação.

"Vários programas de TV têm abordado insistentemente a questão da preocupação com saúde. Isso vem despertando as pessoas e as empresas para a necessidade de investir em qualidade de vida e tem ajudado o setor de forma geral", comenta Carol Sousa, proprietária da Villa Forma, uma das principais academias de Salvador (BA), com 1,2 mil alunos e dez anos de atuação.

Do ponto de vista de Rodrigo Colaço, sócio-proprietário da R2 Academia, de Recife (PE), o mercado fitness no Nordeste talvez esteja crescendo um pouco mais do que em outros locais porque vem acompanhando o desenvolvimento econômico e a rápida expansão imobiliária na região.

A R2 foi fundada em 2004 justamente para suprir a carência de academias com boa estrutura na capital pernambucana. Atualmente, dispõe de duas unidades: uma no bairro de Boa Viagem, com 5 mil m2  área construída e 2,5 mil alunos; e outra que fica num complexo empresarial no bairro da Ilha do Leite e atende a cerca de 800 alunos ativos, na maioria executivos.

Outra capital nordestina que está atenta à demanda pelo bem-estar é Aracaju (SE), que já foi apontada pelo Ministério da Saúde como o município com melhor qualidade de vida do Brasil. Para Paulo Bedeu, dono de duas academias na cidade, a alcunha também reflete a preocupação da população com o bem-estar. "Hoje, cerca de 5% de nossa classe média-alta frequenta academias, mas creio que esse número deverá subir para 15% no futuro próximo", informa.

Mar de oportunidades
Paulo Bedeu administra duas unidades na capital sergipana: a Paulo Bedeu Club, de 1985, e a Paulo Bedeu Express. A primeira tem 3,9 mil m2 e atende a 1,5 mil alunos. A demanda tem sido tão forte que a construção de mais 1,2 mil metros já está em andamento. "Vamos em busca da ampliação. As pessoas querem viver melhor e envelhecer com saúde. Estou certo de que ainda não desbravamos um décimo da capacidade desse mercado", analisa o empresário.

A unidade Express nasceu em 2005 e ocupa uma área de 2 mil m2 onde atende a 750 alunos. Contudo, deixará de ser a caçula da rede em breve. Já está em andamento o projeto arquitetônico da Paulo Bedeu Beach, cuja construção deverá começar em agosto deste ano. A expectativa é que a nova estrutura seja inaugurada em setembro de 2013.

E os planos não param de aflorar na mente do incansável Paulo Bedeu: "Vem aí um espaço para festas com campo de futebol, quadra poliesportiva, churrasqueira, mesas de jogos etc. Também está em estudo criar uma entidade filantrópica em bairros mais pobres", compartilha.

Expansão também é a palavra de ordem para Rodrigo, da R2, de Recife. Nos últimos dois anos, a unidade de Boa Viagem ganhou em torno de mil novos alunos. Além disso, recentemente foi feito um investimento de R$ 2 milhões em estrutura física e aquisição de novos equipamentos.

As metas da rede pernambucana são ousadas: alcançar ainda em 2012 a marca de 4 mil alunos nas duas unidades e um faturamento aproximado de R$ 10 milhões. "E a expansão não para por aí. Já adquirimos um imóvel na zona norte da cidade. Em abril, devemos iniciar a construção de outra unidade, que pretendemos inaugurar no segundo semestre. Ela terá capacidade para atender 2,5 mil novos alunos R2", revela o sócio-diretor.

A Villa Forma, de Salvador, não pretende inaugurar novas filiais no momento, mas está atenta a outro movimento de mercado: "Estamos investindo em consultoria para implementação de academias em prédios de alto padrão. Acreditamos que seja uma grande tendência. Um nicho que tem muito a ser explorado", explica Carol.

Quem é de fora também está de olho
Rodrigo, da R2, conhece o mercado nordestino como poucos e acredita que a curva crescente continue, empurrada pelo aumento do poder aquisitivo da população. E como o cenário naturalmente favorece o ingresso de novos alunos, a oferta de academias precisa acompanhar esse crescimento. "As grandes redes nacionais já estão programando a entrada nesse mercado. Que sejam bem-vidas, mas com certeza encontrarão academias do mesmo porte e com serviços similares", afirma.

O pernambucano está certo. A Cia Athletica, por exemplo, deverá inaugurar sua primeira unidade no Nordeste em outubro de 2012. Coincidentemente, será em Recife, num espaço de 3 mil m2, no RioMar Shopping. "Há algum tempo queríamos nos instalar no Nordeste, mas não havíamos encontrado um espaço adequado. Entraremos nesse mercado da forma que sempre desejamos", revela Richard Bilton, diretor-presidente da rede.

A Bodytech é outra que atracará em Recife. A unidade deverá ser inaugurada no quarto trimestre de 2012. Antes disso, porém, abrirá as portas de uma academia em Salvador, no terceiro trimestre. "Será uma academia do tipo club, no Shopping Iguatemi, com mais de 3,5 mil m2 e capacidade para 3 mil alunos", antecipa Luiz Urquiza, presidente do Grupo Bodytech.

Com as duas inaugurações previstas, a Bodytech fechará 2012 com três grandes unidades no Nordeste, já que está presente em Natal (RN), onde tem 1,5 mil alunos, desde o final do último ano. A Cia Athletica, no entanto, não quer ficar para trás e já colocou na pauta a construção de estruturas em Fortaleza (CE) e Salvador.

Debutante na região, a Cia Atlhetica estima conquistar cerca de 2,5 mil alunos em Recife, cidade em que já estava de olho há tempos. "É uma das principais capitais do País e já estava marcada como objetivo nosso, independentemente do bom momento pelo qual passa a economia local e regional, o que nos deixa ainda mais satisfeitos com a época em que faremos nossa inauguração", diz Bilton.

Questionado sobre as perspectivas para o mercado local, o diretor-presidente da Cia Athletica é categórico: em breve, o Nordeste terá os mesmos serviços oferecidos nas principais capitais de fitness do Brasil e do mundo, atendendo bem a todos os perfis.

Estar onde a demanda está
Como o mercado nordestino está aquecido, certamente os adeptos do bem-estar e, obviamente, os gestores locais estarão na 12ª Fitness Brasil Bahia, que deverá movimentar cerca de R$ 8 milhões em negócios. O evento abrigará 60 expositores e terá 42 palestras e cursos. São esperados mais de 20 mil visitantes. Não perca!

Serviço: 12ª Fitness Brasil Bahia
Data: 11 a 13 de outubro de 2012
Local: Centro de Convenções da Bahia
Informações: www.fitnessbrasil.com.br

Fonte:Revista Fitness Business Ed. 58 30/5/2012